No Brasil, o coaching executivo, aos poucos, tem conquistado espaço nas companhias como parte da política de desenvolvimento de recursos humanos. O termo, que em inglês significa “treinamento ou instrução”, pode ser definido como um processo em que o profissional (coach), por meio de exercícios práticos, leva o cliente (chamado de coachee) a encontrar soluções para sua necessidade e desenvolver competências.
Em geral, as empresas optam por essa ferramenta para aprimorar ou desenvolver alguns pontos do funcionário, pensando em resultados de curto prazo. Foi assim com João Luís Thomazini, gerente comercial da Filial São Paulo da Santillana Brasil, que decidiu aceitar o desafio de participar do coaching, como forma de potencializar suas habilidades para assumir a nova função como gerente de uma divisão da empresa. “Eu já tinha ouvido falar, mas não tinha noção do que era e de como o coaching poderia ajudar a melhorar o potencial profissional e o pessoal. Durante o processo, desenvolvi muitas habilidades, entre elas, gerir pessoas, saber administrar melhor os problemas, e enxergar o caminho numa decisão importante”, afirma.
Mas, para que João conquistasse esses resultados, o alinhamento entre o RH, gestor, coach e coachee foi essencial para o êxito no processo. Isso porque, o início do coaching requer um diagnóstico da atual situação. Em seguida, deve-se ter a definição de expectativas e resultados esperados. Assim como revela Humberto Abrahão Jr., consultor e coach executivo, que conduziu o processo do João. “No primeiro encontro, definimos os resultados previstos e as expectativas de todas as partes – coach, coachee e Santillana. Após as seis primeiras sessões, nos reunimos novamente para acompanhar a evolução e, quando preciso, alinhar novas metas.”
A partir do alinhamento dos objetivos, acontecem 12 sessões, de aproximadamente uma hora e meia cada. Humberto faz outro alerta: “O processo é exclusivamente do coachee, e se não houver empenho dele para que se cumpram as etapas, o coaching não acontece”, enfatiza. Ainda de acordo com Humberto, profissionais sem vínculos com empresas podem investir no processo e, nesse caso, o alinhamento e os custos ficam restritos ao coach e o profissional.