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Bullying: uma brincadeira muito sem graça

 

Quem já não foi vítima de bullying quando criança? Provavelmente a maioria das pessoas. Quando se trata de uma simples brincadeira, como um apelido bem-humorado, menos mal. O problema é que quase sempre ela passa dos limites e machuca os sentimentos de quem é vítima.

 

Dentro das empresas esta realidade, infelizmente, não é muito diferente. Apesar de não haver uma estatística confiável no Brasil, é razoável imaginar que a nossa realidade tenha alguma semelhança com a dos Estados Unidos, onde 48% dos profissionais declaram que sofreram ou testemunharam algum tipo de bullying.

 

Nestes casos, não há brincadeira que resista ao mal gosto. Qualquer que seja o tipo de provocação ou constrangimento, certamente afetará o desempenho profissional do agredido e o colocará em uma situação de fragilidade em relação ao restante da equipe. Com isso, sofre o colaborador, piora o clima interno e perde a empresa em produtividade.

 

Por estes motivos, o bullying corporativo deve ser combatido energicamente, tanto institucionalmente pelas organizações, quanto por seus integrantes, quer sejam líderes ou liderados. Algumas atitudes das empresas têm surtido bons efeitos:

 

  • Instituição de uma cultura e da prática de valores relacionados ao respeito, com severas punições para quem desrespeitar

 

  • Esforço da comunicação interna em divulgar estes valores, de tal forma que todos conheçam e entendam a sua importância

 

  • Discussões abertas sobre os temas que mais afligem os colaboradores, reunindo chefias e equipes para encontrarem soluções conjuntas

 

  • Atividades lúdicas e interativas para promover a conexão entre as pessoas e aproximá-las, por meio de comportamentos mais respeitosos

 

  • Área de RH vigilante e proativa, disposta a coibir os abusos cometidos, independente do cargo do agressor, em proteção às vítimas.

 

Além das ações que devem ser implementadas pelas empresas, cabe também aos funcionários adotarem posturas contrárias à passividade diante do bullying que sofrem ou que presenciam. Veja o que cabe a você:

 

  • Fortaleça sua autoconfiança. Quanto mais você estiver consciente das suas capacidades, menos ficará abalado com as agressões verbais que receber

 

  • Manifeste-se de forma assertiva, expondo ao agressor o seu descontentamento e sugerindo a ele um comportamento diferente. É muito provável que ele recue

 

  • Procure o suporte emocional de pessoas que tenham maior experiência e equilíbrio, por estarem fora da sua situação, e que podem oferecer um bom aconselhamento

 

  • Converse abertamente com seu gestor direto, caso a conversa com o autor do bullying não surta efeito, e solicite uma intervenção firme

 

  • Em última instância, comunique o seu problema aos responsáveis pelo RH para que tomem uma providência

 

Seja proativo e denuncie qualquer tentativa de bullying pessoal ou com seus colegas. Lembre-se que você também se torna responsável quando toma conhecimento e não formaliza uma denúncia.